É uma Braquiária com excelente potencial de produção de forragem (até 18 t/ha/ano de M.S.). É indicada para solos de média a alta fertilidade. Possui tolerância a solos mal-drenados ou alagamentos de períodos curtos. Pastagem bastante rústica e competitiva contra plantas daninhas invasoras. Utilizada para pastejo direto pelos animais e silagem, sendo indicada para recria e engorda de bovinos e produção de leite. Recomenda-se em sistemas de pastejo rotacionado intensivo.
Urochloa brizantha cv. MG-5 Vitória
Brachiaria brizantha cv. MG-5 Vitória
Solos de média a alta fertilidade, tolera solos argilosos e áreas com problema de drenagem e encharcamento temporário
Pastejo direto e silagem
10 a 18 t/ha/ano de matéria seca (M.S.)
8,7 a 13,5%
1,60m
Boa
Muito boa, mantém folhas verdes por mais tempo
Média resistência
Perene
A MG-5 é uma braquiária que tem como características principais a sua rusticidade e potencial de produção de forragem. Entre as opções do mercado, é a com maior capacidade de produção (até 18 t/ha/ano de matéria seca. É indicada para solos de média a alta fertilidade. Tem boa tolerância a locais com má drenagem, onde o solo fica com pequenas lâminas de água por períodos curtos. É agressiva na rebrota e consegue competir bem contra as invasoras do cerrado. Possui boa resposta na adubação de cobertura, principalmente nitrogenada. Recomenda-se para pastejo direto pelos bovinos e silagem, sendo indicada para recria e engorda e produção leiteira. Os melhores resultados da MG-5 foram obtidos em pastejo rotacionado. Após 50 a 60 dias, aproximadamente, após a germinação das sementes, recomenda-se, realizar o primeiro pastejo na MG-5, evitando o amadurecimento, a perda da qualidade nutricional e consequentemente a diminuição da aceitabilidade pelos animais. No rotacionado os piquetes devem ficar de 20 a 25 dias em descanso durante o período chuvoso e quente do ano ou quando as plantas atingirem 60 a 80 cm de altura, com 1 a 5 dias de utilização. Na seca e frio o tempo de descanso da área é bem maior. Em caso de pastejo contínuo a altura mínima de pastejo é cerca de 20 cm, altura esta em que a quantidade de talos é maior do que a quantidade de folhas. Por ser um cultivar de ciclo tardio (demora a florescer) o uso desta pastagem durante o período chuvoso deve ser bastante intensificada, com alta pressão de pastejo (produção de forragem x quantidade de animais). Por apresentar florescimento tardio, a sua adaptação ao período seco é bem melhor também.
Em 1996 a Matsuda iniciou o trabalho de avaliação e seleção de alguns acessos de seu banco de germoplasma, realizando ensaios e seleção destes materiais em diversos locais do Brasil. O primeiro resultado desta seleção foi a cultivar MG-5 Vitória de Brachiaria brizantha, cujo acesso no CIAT é 26110 e na Embrapa BRA 004308. Este material foi coletado por Keller-Grein do CIAT, em convênio com a ISABU (Instituição Nacional de Pesquisa de Burundi) da África, entre as cidades de Bubanza e Bukinanyama, no estado de Cibitoke / Burundi, nas coordenadas 020 53’ S e 260 20’ W na África. Este local está localizado a 1.510 m acima do nível do mar com uma precipitação média anual de 1.710 mm de chuvas.
Este cultivar é uma gramínea perene, poliplóide de reprodução apomítica, pode ser pentaplóide segundo alguns trabalhos realizados, isto é, com cinco conjuntos de cromossomos, diferente do Marandu e MG 4 que são tetraplóides. Este conjunto a mais de cromossomo pode conferir a esta cultivar excelente vigor vegetativo e alta produtividade. Crescimento em touceira com talos prostrados que podem se enraizar quando em maior contato como o solo, pode atingir até 1,60m de altura, as folhas são lanceoladas com pouca pubescência, com inflorescência em forma de panícula que mede de 40 a 50 cm e geralmente com 4 racemos.
A MG-5 Vitória planta de crescimento vigoroso, deve ser intensamente pastejada, respeitando o período de descanso (20 a 25 dias na época quente e chuvosa). Deve-se evitar o amadurecimento da planta. Cerca de 50 dias após a emergência, verificar a possibilidade de início de pastejo, evitando a sua maturação fisiológica, que compromete a aceitabilidade pelos animais (pasto maduro, fibroso, lignificado e perda da qualidade nutricional). Mesmo que adapte a solos ácidos e arenosos, este cultivar apresentou as melhores produções em solos de média a alta fertilidade, vegeta muito bem em solos arenosos e possui boa adaptação a solos de má drenagem. Durante as secas apresentaram mais folhas verdes que as cultivares Marandu e MG 4 de B. brizantha. A rebrota após o pastejo da cultivar MG-5 Vitória superou a rebrota da Brachiaria brizantha cultivar Marandu. Uma das características mais importante deste cultivar, além de apresentar ciclo mais tardio, é a boa produção de matéria seca.