Indicação

É indicada para solos de média a alta fertilidade. Pode ser usada em cria, recria e engorda de bovinos e produção leiteira, em pastejo direto, silagem e fenação. É uma variedade de fácil manejo devido a sua boa distribuição da produção de forragem durante o ano, podendo ser também usada em pastagens extensivas ou reserva de forragem para seca (pastejo diferido). Possui boa tolerância a cigarrinha das pastagens.

Nome científico

Urochloa brizantha cv. Marandú

Sinonímia

Brachiaria brizantha cv. Marandú

Recomendações de solo

Média a alta fertilidade, não tolera solo mal drenado

Utilização

Pastejo direto ou fenação

Produção de forragem

10 a 14 t/ha/ano de matéria seca (M.S.)

Teor de proteína na M.S.

9 a 12%

Altura de planta

1,00 a 1,50m

Digestibilidade “in vitro”

Boa

Palatabilidade

Boa

Tolerância à seca

Média

Cigarrinha das pastagens

Resistente

Tolerância ao frio

Média

Ciclo vegetativo

Perene

Origem

A cultivar Marandu tem origem na África Tropical, foi liberado comercialmente no Brasil pela EMBRAPA em 1984, e sua origem foi o germoplasma introduzido na região de Ibirarema-SP, proveniente da Estação Experimental de Pastagem de Zimbabwe, em Marondera - África.

Características Agronômicas

Não é atacada por formigas cortadeiras (saúva e quen-quen) e é resistente ao ataque de cigarrinha-das-pastagens (Notozulia entreliana e Deois flavopicta).

Utilização e Manejo

O Marandú é uma pastagem indicada pra solos de média a alta fertillidade e bem drenados. É Recomendada para bovinos de cria, recria, engorda e leite, na forma de pastejo direto, silagem e fenação. Recomendamos o uso do Marandu em pastejo rotacionado e recuperação após o uso, para melhor aproveitamento da sua forragem. Porém, devido a facilidade de manejo por ter uma boa distribuição de produção de forragem durante o ano, é possível trabalhar em propriedades de pastejo extensivo, ou utilizar de forma estratégica para reserva de forragem para seca, conhecido como feno em pé. No pastejo rotacionado os piquetes devem ficar entre 28 a 30 dias em descanso durante o período chuvoso e quente do ano, com 1 a 5 dias de utilização. As plantas podem ser pastejadas quando atingirem 60 a 80 cm de altura. Na seca e frio o tempo de descanso da área é bem maior. Em caso de pastejo contínuo a altura mínima de pastejo é cerca de 20 a 25 cm, abaixo disso as gemas podem ser eliminadas. Em áreas de formação nova, pode ser pastejada cerca de 90 dias depois da germinação das sementes, dependendo sempre das condições climáticas.

Características Morfológicas

Planta cespitosa e muito robusta, de 1,5 a 2,0 m de altura, com colmos iniciais prostrados, mas produzindo perfilhos predominantemente eretos. Possui rizomas muito curtos e encurvados. Os colmos floríferos são eretos, frequentemente com afilhamento nos nós superiores, que leva a proliferação de inflorescências, especialmente em regime de corte e pastejo. Bainhas pilosas e com cílios nas margens, geralmente mais longas que os entre nós, escondendo os nós, o que confere a impressão de haver densa pilosidade nos colmos vegetativos. As lâminas foliares são lineares lanceoladas, esparsamente pilosas na face ventral e glabras na face dorsal. Inflorescência de até 40 cm de comprimento, geralmente com 4 a 6 racemos, bastante equidistantes ao longo do eixo, medindo de 7 a 10 cm de comprimento, mas podendo alcançar 20 cm nas plantas muito vigorosas. Espiguetas unisseriadas ao longo da raque, oblongas a elíptico-oblongas, com 5,0 a 5,5 mm de comprimento por 2,0 a 2,5 mm de largura, esparsamente pilosas no ápice.

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