Na safra da pecuária tropical nos deparamos com dois períodos climáticos bem definidos: águas e seca. Nas águas temos condições climáticas ideais para forragens tropicais. Já no período seco, temos um menor volume de chuvas e luminosidade, além de temperaturas mais baixas, o que irá acarretar em menor crescimento, valor nutricional e digestibilidade das forragens. Mas essas alterações não acontecem de forma abrupta, a época que ocorre essas mudanças é que chamamos de “Período de Transição Águas-Seca”. Como o próprio nome nos sugere, nesse período acontece uma transição do padrão climático das águas para a seca, acarretando uma diminuição gradual da produção, da digestibilidade das pastagens e do valor nutricional, principalmente proteína, energia e minerais.
Essa alteração do valor nutricional e da digestibilidade das pastagens acarretam em uma menor ingestão de matéria seca e consequentemente queda dos índices produtivos, seja na pecuária de corte ou leite. Como o nosso o nosso maior objetivo deve ser uma pecuária lucrativa e sustentável, devemos realizar adaptações no manejo nutricional dos animais para que possamos aumentar a ingestão de matéria seca e manter níveis produtivos elevados independentemente da época do ano.
Quando falamos em melhorar a digestibilidade sempre devemos iniciar pelos micro-organismos ruminais, pois estes são os principais responsáveis pela digestibilidade da forragem, além da síntese de vitaminas e fornecimento de grande parte dos aminoácidos essenciais para os bovinos. Pensando nisso, durante o período de transição devemos complementar a dieta com suplementos que sejam capazes de favorecer a síntese de proteína microbiana no rúmen. Devemos nos lembrar que um rúmen saudável sempre é sinônimo de lucratividade.
A tecnologia mais importante que temos para a suplementação dos animais durante o período de transição é a utilização de suplementos minerais proteico-energéticos. Que são suplementos que devem reunir os minerais específicos para cada categoria animal, além de possuir em sua composição fontes de proteína e energia devidamente equilibrados de acordo com a qualidade da forragem ofertada aos animais.
As fontes minerais utilizadas devem possuir alta qualidade e biodisponibilidade para garantir a absorção eficaz dos nutrientes. No que diz respeito as fontes proteicas utilizadas devemos nos preocupar em utilizar boas fontes de proteína verdadeira que irão fornecer aminoácidos essenciais para a microbiota ruminal se desenvolver. Sendo que altos níveis de nitrogênio não proteico (NNP), como a ureia, não são adequados para este período, pois irão ter baixo aproveitamento e poderão comprometer o consumo do suplemento. Quanto às fontes energéticas devemos buscar opções que favoreçam a manutenção de pH ruminal próximo a faixa ideal para as bactérias que degradam a fibra (fibrolíticas). Altos níveis de amido não são recomendados pois poderão ocasionar a diminuição do pH ruminal e morte das bactérias fibrolíticas.
Portanto para que possamos montar um plano nutricional adequado devemos traçar estratégias específicas para cada período do ano, levando em consideração a dinâmica do clima regional, as alterações da composição das forragens e a exigência da categoria animal na qual estamos trabalhando. Com isso iremos escolher uma estratégia de suplementação mais assertiva para termos o melhor aproveitamento da forragem disponível e melhorar o desempenho animal.
Sempre parceira com da pecuária tropical eficiente a Matsuda possui em seu portifólio de suplementos a linha Matsuda® Fós Seca Transição, com suplementos específicos para as categorias de cria, recria e engorda. Onde levamos em consideração todas as particularidades do período de transição e a fisiologia ruminal para que possamos alcançar o máximo desempenho produtivo e financeiro.