A conservação de alimentos sempre foi uma técnica muito utilizada na história da humanidade, sendo importante no desenvolvimento e progresso das civilizações. Algumas técnicas como utilização de sal para conservação de carne, são exemplos relevantes que mostram que estes processos de conservação possibilitaram avanços significativos e tambem está diretamente conectada à sustentabilidade ambiental, que atualmente se torna essencial para reduzir desperdício e ser mais eficiente possível no aproveitamento da produção.
Os produtores rurais brasileiros, a cada dia que passa, estão mais engajados na produção de alimentos e na preservação ambiental, colhendo bons resultados econômicos e sendo responsáveis por um terço do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com esses bons resultados, ainda existem grandes desafios a serem superados no agronegócio, que impactam diretamente a eficiência e a rentabilidade dos produtores. Esses desafios, que muitas vezes diminuem a produtividade, também podem ser considerados uma oportunidade de negócio para aqueles que se preocupam em melhorar seus manejos da porteira para dentro e buscam alternativas para alcançar seus objetivos. Dentre todas as dificuldades encontradas a principal é o clima. Nos últimos anos, em diversas regiões brasileiras nos deparamos com chuvas cada vez mais irregulares e eventos climáticos extremos, como por exemplo geadas, estiagens severas e calor excessivo. A falta de planejamento para essas adversidades podem ocasionar escassez de alimentos no período mais crítico do ano, período este onde historicamente o valor da arroba e do leite produzido são maiores. Isso mostra que para aqueles produtores que planejam suas atividades, existe uma oportunidade de serem melhor remunerados na sua atividade.
Como transformar estes desafios em oportunidade? A produção de silagem é um exemplo. Essa prática que tem como objetivo conservar os alimentos e o valor nutritivo original da forragem, é uma maneira eficiente e barata para manter o suprimento de volumoso para o rebanho durante o período de entressafra. Além disso, é a fonte mais adequada de volumoso para os sistemas modernos de produção que visam maximizar o uso da terra, do trabalho e do tempo. Na tecnica de ensilagem existem diversos processos e boas práticas para o produtor conservar ao máximo a qualidade do material ensilado. Dentre essas boas práticas estão o ponto de corte ideal de cada material, a compactação, a higiene, a vedação, o tamanho das partículas e aplicação de inoculantes biológicos.
Sabe-se que todo material colhido no campo possui uma quantidade de bactérias, fungos e leveduras que convivem com a planta durante o tempo todo. Diversos microrganismos que estão presentes no solo podem contaminar a planta durante a colheita ou até mesmo na compactação, podendo afetar a fermentação e a qualidade da silagem. Quando se aplica um inoculante específico no material a ensilar, aumenta-se a proporção de microrganismos benéficos no ambiente e portanto, a condição de fermentação e estabilização da silagem. O inoculante biológico deve ser pulverizado no material de modo a obter maior homogeneidade. A aplicação pode ser feita com bomba costal ou aplicador com bomba dosadora acoplada na máquina de ensilar, sendo esta a melhor opção para conseguir homogeneidade de aplicação. A recomendação vai depender do inoculante utilizado bem como a concentração requerida no material. Existem trabalhos científicos que mostram que as perdas durante o processo de ensilagem podem chegar a 40% sem a aplicação de inoculantes. Quando utilizado corretamento o inoculante, as perdas podem reduzir drasticamente, chegando em torno de 5% a 7%, melhorando o aproveitamento do volumoso. Existem inúmeros inoculantes no mercado e é necessário que o produtor fique atento às especificações para a escolha do inoculante, como a quantidade de UFC (Unidade Formadora de Colônia), que representa a quantidade mínima de células vivas de uma determinada bactéria em um determinado meio, tipos de microrganismos, e o custo-benefício. O grupo Matsuda tem em seu portifólio a linha de inoculante SiloMax Gold, com 3 tipos diferentes de inoculantes: o Centurium, recomendado para gramíneas forrageiras no geral; o inoculante Milho, recomendado para culturas de milho, sorgo, girassol, soja ou grãos úmidos e por último o inoculante Cana. Cada um desses inoculantes possuem em sua formulação bactérias especificas para cada material, microrganismos estes com grande sinergismo para atuar no material ensilado e manter a sua qualidade. O SiloMax Centurium um inoculante específico para Brachiarias, Panicum e Pennisetum (Capim-Elefante) que tem em sua formulação uma associação de três cepas (Lactobacillus plantarum ATCC 8014, Lactobacillus lactis CCT 1344 e Pediococcus acidilacticis CCT 253) que favorecem a rápida acidificação, melhorando a manutenção da qualidade do material. Essa associação permite que cada microrganismo atue de uma forma eficiente dependendo de cada nível de pH e da fase de transformação que a silagem se encontra, para que em todo o processo tenham bactérias benéficas atuando na silagem.
