Publicado em: terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Nos tempos atuais, o avanço das tecnologias e inovações e a velocidade que informação chega no campo têm grande protagonismo no desenvolvimento da pecuária produtiva e sustentável do nosso país. Com o mercado consumidor mais exigente e preocupado com a qualidade dos alimentos e com as práticas produtivas, os pecuaristas têm procurado sistemas de produção que aumentem a produtividade, sejam economicamente e ecologicamente sustentáveis, e que atendam a essa demanda dos clientes mais rigorosos.

O desenvolvimento tecnológico acontece em diversas áreas da pecuária. Houveram melhorias significativas na genética dos animais, das espécies e cultivares forrageiras, emprego de sistemas de informação e inteligência artificial, novas máquinas e implementos, valorização e qualificação da mão de obra, e vários outros. Apesar dessa revolução tecnológica, existe um assunto que nunca fica ultrapassado e é determinante para a produtividade da pecuária no Brasil: a qualidade da forragem e o manejo da pastagem. Independente do sistema de produção, da região do país ou espécie animal, a qualidade da forragem ingerida é determinante para o desempenho dos animais e para produtividade.

A qualidade da forragem das pastagens está ligada a diversos fatores como tipo e fertilidade do solo, manutenção e adubação, nutrição das plantas, época do ano e clima da região, cultivar ou espécie forrageira, controle de pragas e doenças, densidade de plantas na área, e o mais importante: o manejo da pastagem.

De modo geral, todos os fatores que são importantes para proporcionar uma forragem de qualidade são dependentes do manejo da pastagem. Independente se todas as outras condições estiverem conforme o recomendado, se o manejo não estiver ajustado existe uma grande probabilidade do resultado ser decepcionante.

Sendo o manejo de pastagem tão importante, qual é o melhor sistema? Do mesmo modo que não existe uma forrageira indicada para todas as condições, climas e solos, a indicação do manejo das pastagens é o que melhor se adequa as condições de cada propriedade. Portanto, para se fazer o ajuste do manejo é importante levar em consideração todos os itens que podem interferir ou influenciar no dia a dia da fazenda.

O primeiro item a se analisar é a espécie ou cultivar da pastagem. É possivel afirmar que todas as cultivares podem ser indicadas em sistema de pastejo rotacionado, desde que saibamos respeitar o período de descanso e o de pastejo. Para pastagens de Brachiaria (Urochloa) no geral, podemos obedecer um período de descanso entre 25 a 35 dias. No caso específico da MG5, que é uma Brachiaria que tem uma maior capacidade de produção de forragem comparada às demais, a indicação de descanso é de 21 a 28 dias. Nas pastagens do gênero Panicum (Megathyrsus), como a MG12 Paredão, a recomendação de descanso também é de 21 a 28 dias. O período de pastejo e a quantidade de divisões da pastagem vai ser dependente do sistema de produção da fazenda.

No caso de uma propriedade leiteira onde os animais são manejados diariamente, é possivel indicar um sistema rotacionado intensivo de MG12 Paredão com 22 divisões piquetes. Deste modo, a troca de animais dos piquetes é diária e o período mínimo de 21 dias é respeitado.

Em uma propriedade menos intensiva com apenas uma troca semanal, a recomendação para a mesma pastagem de MG12 Paredão pode ser um rotacionado com 4 divisões, onde os animais irão se alimentar no piquete por 7 dias, enquanto no restante do pasto o período de 21 dias de descanso é respeitado. Além disso, é imprescindível observar e controlar a taxa de lotação. Existem exemplos de sistemas leiteiros intensivos com adubação de manutenção frequente e irrigação com uma taxa de lotação acima de 10 UA por hectare na época das águas, na região de Pres. Epitácio-SP. Quanto mais intensificado for o sistema, maior será a capacidade de suporte por área. Porém, também será mais exigência em mão-de-obra qualificada e investimentos frequentes.

Não existe o melhor sistema de manejo. O sucesso de uma pastagem bem manejada depende da interação de todas as características da fazenda, onde analisando os tipos de pastagens, espécies e categorias animais, mão-de-obra empregada, infraestrutura, capital de investimento e manutenção das pastagens, é possível escolher o sistema que melhor se adequa as condições específicas da propriedade em análise.

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